Presente de Anninha

Presente de Anninha

segunda-feira, 10 de maio de 2010

CONTADORES DE HISTÓRIAS

Vidas gêmeas separadas pelo destino, até o dia que nós nos conhecemos
na Universidade, estávamos na mesma classe de Mestrado em Ciências da
Educação, quando logo de cara, arrancamos as nossas máscaras e
descobrimos que tínhamos muito em comum: como se tivéssemos uma
ligação mágica, mesmo que separados no pelo tempo e a geografia, até
aquele encontro...
Filhos de pais semi-analfabetos, embora fossem excelentes contadores
de histórias. Quando crianças, sentávamos a beira de uma fogueira no
meio da rua para ouvir histórias, contadas pelos mais velhos, todos
ficavam maravilhados. Ficávamos, também a noite sentada sentados na
calçada contando estrelas até perder a conta...
Subíamos em árvores, pisávamos em poça de lama após uma chuva de
verão, represávamos as águas que escorriam ladeira abaixo, era um
alegria só.
Roubávamos goiabas da goiabeira da vizinha. Colhíamos florzinhas
silvestres e sementes na beira da estrada para brincarmos,
confeccionávamos os nossos próprios brinquedos, de latas de óleo,
madeira, enfim, não importava que materail fosse, nós os criávamos.
criávamos.
Nos embrenhávamos na Caatinga adentro, atrás de umbu, fruta nativa da
região. Nas tardes de domingos íamos as matinês ver os seriados de
Durango Kid, Falcão Negro; os filmes do gordo e o magro, e do grande
mestre Charles Chaplim, afinal como poderíamos esquecer que desde de
¨pinguinhos de gente ¨ já amávamos a arte arte feito gente grande.
Líamos cordel, contos árabes, alguns clássicos de: Cervantes,
Sheakespeare, Dante, Moliere, e até gibis.
Tínhamos a mania de, quando deitados em nossas redes, ficar balançando
até certas alturas, parecia que iríamos voar...
Era a idade da peraltice, traquinagem de sonhar, de imaginar coisas,
de criar fantasias...
Éramos muito sonhadores e, aliás, ainda somos. Nunca deixamos.
Vivíamos com muita simplicidade, como era peculiar da vida do
interior. Éramos pouco abastados, mas felizes, éramos sim!
Brincávamos com feixes de luz vindos pela fresta do telhado, fazíamos
disto um grande espetáculo, fazendo projeção com as películas cortadas
que adquiríamos com o zelador do cinema, era uma maravilha.
Hoje, percebemos que crescemos e que até os nossos cães de estimação
envelheceram, mas continuamos acreditamos em magia, acreditando em
fantasia e por que não dizer que nos transformamos juntos em
destemidos contadores de histórias.

Paulo Roberto Lopes da Silva
Maria Socorro de Araújo Lopes

ROTINA


ROTINA


A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).


Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou
registros com fotos.

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.


Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.


Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.


Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente.


Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.. . em outras palavras... V-I-V-A. !!!


Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.


Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado,
não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.



E
S CR EVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES

di fE rEn tEs !

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE...


V I V A !!!




Tenha uma ÓTIMA semana!

domingo, 9 de maio de 2010

VINTE E DOIS PASSOS

1. Contenha as emoções porque são ruins e diga com orgulho que você é muito
racional
2. Acredite que você está sempre certo
3. Não cumprimente e nem dê atenção a ninguém a sua volta
4. Reclame de tudo e responsabilize as outras pessoas pelos seus problemas
5. Seja ríspido ao telefone ou quanto alguém lhe pedir algo
6. Veja tudo por uma única ótica: a sua
7. Seja esperto e sempre passe a perna em alguém
8. Não viva em plenitude, mas inveje a vida dos outros, acreditanto que é
melhor que a sua
9. Procure manter o mau humor o máximo de tempo possível, inclusive nos bons
momentos
10. Quando você aprender algo, entenda que já é suficiente; nem pensar em
crescer mais
11. Sinta-se derrotado mesmo antes de iniciar uma tarefa
12. Observe atenta e exclusivamente os defeitos das pessoas
13. Se você está exausto, não pare; continue até a exaustão final
14. Fique sempre ruminando as coisas ruins que lhe aconteceram
15. Não se concentre no que está fazendo, mas fique pensando no que vai fazer
daqui a pouco
16. Preocupe-se apenas em exercer poder sobre os demais. Para que desenvolver-se
como pessoa?
17. Não colabore com ninguém em tarefa nas quais você poderia dar naturalmente
sua colaboração
18. Quando sentir vontade de fazer algo, faça imediatamente, mesmo que depois
tenha de pagar um alto preço por isso
19. Toque o mínimo possível as pessoas que ama e não facilite para que elas o
toquem
20.Tente convencer as pessoas de algo em que nem você mesmo acredita
21. Nunca tenha coragem de admitir que você mudou, e nem se esforce para mudar
22.Tente a todo custo enquadrar as situações vividas pelas outras pessoas na sua
própria situação

(Extraído do Livro "Vinte e Dois Passos Para NÃO se Obter Sucesso SEM
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. Autora: Marilete Vieira Tavares Zampar, Ph. D. Editora;
Paulias)

terça-feira, 4 de maio de 2010

UM HOMEM INTELIGENTE FALANDO DAS MULHERES

Um homem Inteligente Falando das Mulheres


O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.

Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:



Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem
à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo' no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.


Flores

também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.


Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar
horas escolhendo roupas no shopping.
Entenda tudo isso e apoie.

Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.


Não faça sombra sobre ela

Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás.

Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado.
Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.


Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.

Só tem mulher quem pode.





AVISO IMPORTANTE

Reencaminhando o email! muito importante!


Parece até piada, mas já ouvi de uma pessoa amiga, coisa parecida aqui na nossa cidade, em Natal- RN ! Inclusive a pessoa me questionou do por que, mas eu nunnnnnnnnnca imaginava que pudesse ser isso ou coisa! achei q fosse da própria empresa de cinema fazendo uma pesquisa! o que é normal!
Todos fiquem atentos, porque essa corja de ladrões estão ficando cada vez mais "sofisticada" e "inteligentes". Mandem a toooooodos os conhecidos.
Abraços .
Marisol
Dentro dos Shoppings Centers há pessoas próximas às entradas dos cinemas fazendo uma suposta pesquisa com os jovens (algo "interessante" , como cinema, TV, um novo filme a ser lançado...). Pegam então o nome, telefone celular, fixo e residencial, endereço, nome dos pais e discretamente anotam algumas características como as roupas, cor do cabelo, etc. etc. etc.

E em seguida pedem para não esquecer de desligar o telefone celular para não incomoda outras pessoas no interior do cinema durante a exibição do filme.


Depois que as pessoas entram no cinema, eles esperam alguns minutos, ligam para a pessoa que foi "entrevistada" para ver se o celular está mesmo desligado e, se estiver, eles ligam para a casa da pessoa.


O bandido diz o nome completo do seu filho ou parente (o que já assusta), as características como cabelo, estatura, roupas e diz ainda "Ligue para seu filho, se acha que estou mentindo... o nº dele é 9XXX - XXXX? Está desligado... "(pronto, se ele sabe até o nº do celular de seu filho ou parente, só pode ser verdade). E como um filme dura em média 2Hs, demora muito para você conseguir ligar e ser atendido. Aí você já está em pânico e pronto para fazer o que o bandido lhe pedir.

¨AVISO DE UM POLICIAL¨


Isso não é boato e nem uma brincadeira, é fato verídico. Instruam seus filhos e parentes a não responderem nenhuma entrevista ou pesquisa nas ruas e fornecer informações curriculares a não ser que sejam apenas diretamente para empresas.


Não coloquem Curriculum em sites da internet.


Nunca desliguem os celulares. Coloque-os em "silencioso" . Em caso de cinemas, coloque-o para que simplesmente acenda a luz.


Assim saberão se algum parente está ligando... e lhe procurando O nível de inteligência dos bandidos está aumentando.. .

Temos que nos precaver cada vez Mais.

FAVOR , ENCAMINHAR PARA SEUS AMIGOS E FAMILIARES !!!





sábado, 1 de maio de 2010

o contador de histórias

"O contador de histórias": uma história transformadora pela educação e pelo afeto

Você é um contador de história, como foi ver a sua na tela?
-Temos duas maneiras de contar histórias: chorando ou vendendo lenços. Eu sempre tive um cuidado muito grande, como contador de histórias, de contar a minha de maneira otimista e alegre. O meu grande medo, no começo, quando o Villaça propôs fazer um filme, é que ele não tivesse a sensibilidade para captar isso. Quando assisti ao longa pela primeira vez é que eu fiquei tranquilo, depois de sete anos (risos). Ele conseguiu, de uma maneira muito sensível, mostrar a história do jeito que eu gosto de contar, de uma maneira otimista.
(do site Cinema em Cena)

O Contador de Histórias”, filme dirigido sensivelmente por Luiz Villaça, conta a vida de um garoto esperto e cheio de vida que, aos seis anos, por conta da situação de extrema pobreza familiar, é levado, nos anos 70, por sua mãe, para uma recém inaugurada instituição para crianças em Belo Horizonte – a FEBEM (Fé, Esperança, Bons Modos, Educação e Moral). Baseia-se na trajetória de Roberto Carlos Ramos, interpretado pelos atores Marco Ribeiro (seis anos), Paulinho Mendes (13 anos) e Clayton Santos (20 anos).
O fato é que, de interno da Febem e menino de rua, hoje é homem bem sucedido, pai adotivo de 13 crianças, pedagogo, escritor e reconhecido contador de histórias.
Como num conto de fadas, Roberto Carlos teve sua real fada madrinha: Margherit Duvas, pesquisadora francesa (interpretada pela atriz franco-portuguesa Maria de Medeiros), para quem o garoto se transforma em protegido. Margherit tira Roberto Carlos das ruas e o conduz a tomar consciência dos direitos e das obrigações.
O filme inicia-se com um caminhar de pés descalços sobre trilhos de trens mineiros. O menino, aos13 anos, acaba de passar por mais um trauma. Anda cambaleante, se ajoelha. Ouvimos o apito de um trem se aproximando. Roberto deita-se o sobre os trilhos. Ouvimos a narração em primeira pessoa: "Naquele dia, eu queria morrer". E embarcamos nessa viagem-história. Assim, “O Contador de Histórias” vai nos conduzindo à trama com doses de emoção, lirismo, humor e, sobretudo, fantasia.
Quando assisti ao filme, hoje indicado na nossa praça cultural, fiquei a princípio sem saber se ele contava mesmo e de fato a vida de Roberto Carlos Ramos - um garoto conduzido à Febem pelas mãos e devaneios patrióticos da sua própria mãe, com a promessa de poder virar doutor - ou se o diretor havia se inspirado livremente no percurso singular da vida desse menino-personagem para, a partir dele, criar uma trama metafórica e ficcional, capaz de nos conduzir a uma reflexão e diversão coerentemente interligadas.
Penso que ambas as coisas acabam por acontecer. De uma forma bonita e singular, este filme recria a vida desse Roberto Carlos e nos insere no mundo da sua fantasia e memória. E nos surpreende com os desdobramentos que elas podem ter no nosso lugar de espectador inquieto e investigador. Somos, ao mesmo tempo, espectadores reais e sonhadores. Com o olhar de fora, testemunhamos um passado. Por um olhar curioso e interno, somos motivados a experimentar o universo infantil e imaginário, preservado pela emoção histórica do menino-narrador-personagem que sabemos existir na realidade e na ficção.
Através do olhar do menino-personagem revivemos no mesmo compasso os pesadelos e as esperanças, os sonhos e as dores de uma trajetória que poderia ter sido a de muitos outros meninos que povoam os noticiários televisivos ou que ocupam as salas de aula de nossas escolas. Pela trama que nos envolve e nos toca como espectadores aflitos e esperançosos, ficamos num cenário de imprecisa realidade ou imprecisa fantasia. Podemos ser testemunhas do tecer humano de uma vida. E saber de perto como equívoco cercado de ingenuidade - talvez uma metáfora do caos social - desemboca num desfecho surpreendentemente construtivo, como porto de salvação de algo determinado à infalível destruição.
Mais: somos testemunhas de como esse resultado, quase um golpe de sorte ou de alegria do destino, foi sendo arquitetado pela mediação educadora da personagem que ocupa lugar tão especial e que acaba modificando e revertendo a hipótese e esperada para uma situação de um menor infrator, uma dentre tantas que sabemos ocorrer bem na frente do nosso cenário real e cotidiano.Assim a história real/ficcional tem um final feliz incomum. Mas comprovadamente real. É isso que nos leva a refletir aqui e agora sobre o poder da Educação como um lugar de possibilidades e de construção das pequenas vitórias humanas.
Talvez a história mostre um encontro muito parecido com o das histórias de encantamento quando o personagem principal encontra a fada madrinha, antes de ser feliz para sempre. Só que nesta ela não tem varinha de condão. Começa com duas expressões que o menino, apesar do farto vocabulário aprendido na instituição e nas ruas, jamais ouvira: ‘com licença’ e ‘por favor’. Palavras que começaram a mudar sua vida que, embora dotado de imaginação fértil, chega aos 13 anos analfabeto. E com mais de 100 fugas no currículo, várias infrações e experiências de consumo de droga, ainda o diagnóstico de irrecuperável. Esse encontro é que muda a vida de Roberto para sempre. Hoje, 30 anos depois, ele no lugar aprendido, continua a mudar a vida de muitos outros meninos.
Nesse primeiro encontro aparentemente casual, mas buscado pelo olhar atento e afetivo da pesquisadora estrangeira, nasce uma relação parecida com a de mãe e de filho. Roberto acabou adotado pela francesa e foi morar na Europa onde completou seus estudos. Formado, ele voltou ao Brasil e foi estagiar na mesma Febem que havia, outrora, frequentado. Reencontrou sua família e começou a contar sua história em palestras, sempre com um sorriso no rosto. “Minha mãe francesa me ensinou que poderia ser ordinário ou extraordinário
. Fique atento num lance que mescla fantasia e realidade: é o menino que vai narrando o filme da sua própria história. Uma história transformada pelo afeto.
Confesso que, quando li por alto a sinopse na capa do DVD, fiquei com uma sensação de que seria mais um tema óbvio ou comercial. Mas o filme me conquistou, sobretudo pela forma como a história foi contada. Em especial é que surge surpreendentemente na sequência narrada a representação de como uma criança interpretaria os fatos, numa linguagem próxima a do desenho animado e dos contos maravilhosos. Recurso lindo em imagens e conteúdo.
Neste momento de recuperar a emoção de assistir a este filme, algo bem especial e peculiar: senti o fio da meada transformadora da vida do menino deslanchar quando ele se interessa por “Vinte mil léguas submarinas”, um livro que lhe cai da cabeça num momento em que a pesquisadora ensina ao seu pesquisado a olhar sempre para frente e não para o chão, como era seu costume. A partir daí, com a possibilidade de desvendar as palavras, é que se começa a tecer a sua educação. Os mistérios do fundo do mar ficam como um paralelismo ao de cheirar cola. Entram na imaginação do menino, configuram uma consistência poética. Fico apostando, mais uma vez, numa pausa avaliativa que a leitura é mais importante do que pensamos na feitura das vidas humanas.
Com este breve retrato, tecido com as cores da memória e da fantasia, podemos ter uma lente para analisar o nosso tempo decorrente e presente. O que está sendo vivido por tantos meninos nas famílias, nas escolas, nas ruas e que poderão ter suas vidas adultas modificadas por encontros transformadores. Que eles possam contar as suas vidas cotidianamente como quem conta sobre vidas cidadãs. Lembrei agorinha de um refrão de uma boa e bela canção mineira: “os sonhos não envelhecem... ”.
Antonio Gil Neto


Palavras jogadas ao vento ...

Palavras jogadas ao vento ...
Sopre cinzas pela janela ... Guardar sentimentos como mágoa , ressentimento , rancor e ódio , envenena o coração e atrai doenças como o câncer e outras tantas ... Então meu amigo , minha amiga , jogue todas coisas ruins ao vento e pode ter certeza não irás colher tempestades , não . O vento filtra todas as coisas negativas e as transforma em poesia

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